quinta-feira, 19 de março de 2015

Mr. Guantanamero e as suas Gémeas Queridas


A PARTIR DE 12 DE MAIO (a confirmar data): LXFACTORY, LISBOA
AUDITÓRIO DA “LER DEVAGAR”
TERÇAS E QUARTAS, ALTERNADAMENTE, SEMPRE ÀS 19H00.



Interpretação de Fernando Soares
Texto e Encenação de Castro Guedes
Figuração em Distribuição

Uma Palestríade Teatrale de alto suspense em corpus sano in mens insana. Ai o desejo de ir vareidar para Cuba por causa dos ossinhos do pai, que parecia um porco cevado no desembarque. Ai o irmão pendurado no antepenúltimo avião fugido de Saigão, depois feito Amish na Pensilvânia após vender os isqueiros zippo que atirava acesos à cabeça dos chinocas em Chinatown. Ai a Mamita, muito amiga de Felinguetti e Ginsberg a ler poemas para adormecer os filhos. Coitadinha, marxrtingou-se na Shell, mas sempre muito muito coerentânea com as conchas. Mas ai, ai, ai… Ai sobretudo as suas gémeas queridas! Nem pode falar nelas, que chora: igualinhas... E mesmo assim vive dilacerado sem saber se tortura de dia para o Zorro 384, seu nickname, poder denunciar as barbaridades à noite no Facebook ou se o Zorro 384 serve para aliviar as barbaridades que comete para os escondidinhos dizerem o que necessário que digam.



Cerca de 75 minutos, em acto único, para maiores de 16 anos


Em busca de um teatro da autoconsciência emancipada, com muitas perguntas, sem respostas ou receitas para impingir, onde os paradoxos denunciam a ambiguidade de uma sociedade ideologicamente contaminada, sem rumo certo, nem incerto, mas, ainda assim, capaz de se indignar com a tortura e outras aberrações inaceitáveis, sejam elas perpetradas por grupos terroristas ou o terrorismo de Estado.


  

Fernando Soares iniciou-se como amador em 1984, tendo percorrido uma longa carreira até decidir transformá-la em profissão, a partir de 2004. Licenciou-se então pela Escola Superior Artística, do Porto, em 2011. Integrando, com carácter de free-lancer, diversas produções em vários grupos do Norte, mantém os seus próprio projecto, a partir de Penafiel, com grande incidência quer na área da Poesia e para o Público Escolar. Antes já leccionara a disciplina de Expressão
Dramática no Ensino Oficial e merece ainda destaque o trabalho teatral realizado com reclusos penitenciários durante 6 anos.



Castro Guedes, natural do Porto, 1954, estreou-se como actor amador em 1967 e profissional em 1973. Como encenador a sua primeira experiência data ainda de 1972, assinando profissionalmente a primeira em finais de 1977. Fundador e Director Artístico do Tear, passou por diversas estruturas do país como encenador convidado e assumiu também a Direcção Artística de algumas outras estruturas. No total terá dirigido perto de 1.000 intérpretes em mais de uma centena de obras. Na temporada 88/89 foi estagiário de Jorge Lavelli no Théâtre National de La Colline. É Mestre em Artes Cénicas pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa e, antes, frequentou Filosofia e Direito. De muitas outras actividades no âmbito da formação, direcção e participação em organismos culturais, destaca-se presentemente a colaboração regular no Jornal “Público” e no quinzenário “As Artes Entre As Letras”. Além, evidentemente, da fundação e Direcção Artística de Dogma\12.



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