A PARTIR DE 12 DE MAIO (a confirmar data):
LXFACTORY, LISBOA
AUDITÓRIO DA “LER DEVAGAR”
TERÇAS E QUARTAS, ALTERNADAMENTE, SEMPRE
ÀS 19H00.
Interpretação de Fernando Soares
Texto e Encenação de Castro Guedes
Figuração em Distribuição
Uma Palestríade Teatrale de alto
suspense em corpus sano in mens insana.
Ai o desejo de ir vareidar para Cuba
por causa dos ossinhos do pai, que parecia um porco cevado no desembarque. Ai o
irmão pendurado no antepenúltimo avião fugido de Saigão, depois feito Amish na
Pensilvânia após vender os isqueiros zippo que atirava acesos à cabeça dos
chinocas em Chinatown. Ai a Mamita, muito amiga de Felinguetti e Ginsberg a ler
poemas para adormecer os filhos. Coitadinha, marxrtingou-se na Shell, mas sempre muito muito coerentânea com as
conchas. Mas ai, ai, ai… Ai sobretudo as suas gémeas queridas! Nem pode falar
nelas, que chora: igualinhas... E
mesmo assim vive dilacerado sem saber se tortura de dia para o Zorro 384, seu
nickname, poder denunciar as barbaridades à noite no Facebook ou se o Zorro 384
serve para aliviar as barbaridades que comete para os escondidinhos dizerem o
que necessário que digam.
Cerca de 75 minutos, em acto único, para
maiores de 16 anos
Em busca de um teatro da autoconsciência emancipada, com muitas
perguntas, sem respostas ou receitas para impingir,
onde os paradoxos denunciam a
ambiguidade de uma sociedade ideologicamente contaminada, sem rumo certo, nem incerto, mas, ainda assim, capaz
de se indignar com a tortura e outras aberrações inaceitáveis, sejam elas
perpetradas por grupos terroristas ou o terrorismo
de Estado.
Fernando
Soares iniciou-se como amador em 1984, tendo percorrido uma longa carreira até
decidir transformá-la em profissão, a partir de 2004. Licenciou-se então pela
Escola Superior Artística, do Porto, em 2011. Integrando, com carácter de
free-lancer, diversas produções em vários grupos do Norte, mantém os seus
próprio projecto, a partir de Penafiel, com grande incidência quer na área da
Poesia e para o Público Escolar. Antes já leccionara a disciplina de Expressão
Dramática
no Ensino Oficial e merece ainda destaque o trabalho teatral realizado com
reclusos penitenciários durante 6 anos.
Castro
Guedes, natural do Porto, 1954, estreou-se como actor amador em 1967 e
profissional em 1973. Como encenador a sua primeira experiência data ainda de
1972, assinando profissionalmente a primeira em finais de 1977. Fundador e
Director Artístico do Tear, passou por diversas estruturas do país como
encenador convidado e assumiu também a Direcção Artística de algumas outras
estruturas. No total terá dirigido perto de 1.000 intérpretes em mais de uma
centena de obras. Na temporada 88/89 foi estagiário de Jorge Lavelli no Théâtre
National de La Colline. É Mestre em Artes Cénicas pela Faculdade de Ciências
Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa e, antes, frequentou Filosofia
e Direito. De muitas outras actividades no âmbito da formação, direcção e
participação em organismos culturais, destaca-se presentemente a colaboração regular
no Jornal “Público” e no quinzenário “As Artes Entre As Letras”. Além,
evidentemente, da fundação e Direcção Artística de Dogma\12.
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