quarta-feira, 2 de outubro de 2013

COMUNICADO-ESCLARECIMENTO

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Dada a insistência com que alguns amigos se têm abeirado de DOGMA 12 no sentido de saber se este concorre aos subsídios pontuais da DGArtes para o ano de 2014, queremos esclarecer que NÃO e o PORQUÊ desse não, a fim de que se não preste a decisão a qualquer outro tipo de más interpretações:
1. DOGMA 12 assume que um teatro que pretenda prestar um serviço público de e com qualidade artística, seja de natureza (excepcional) de experimentação-investigação, seja de usufruto da criação e produção culturais a preços comportáveis por um público alargado, deve ser financiado pelo Estado.
2. Porém, o tão baixo patamar dos níveis de financiamento – extensíveis à cultura no seu geral, incluindo o património edificado – e tão ridiculamente baixo, como nunca em Portugal (pelo menos desse Abril de 1974), que se percebe qual o entendimento sobre esta matéria, feito por este governo, intermediário dos interesses do alto-capital financeiro mundial.
3. Governo, o mesmo, que desperdiça milhares de milhões em “injecções de capital” a fundo perdido na Banca, onde há administradores a ganhar mais de 100.000 euros por MÊS, valor muito acima da maioria dos financiamentos ANUAIS a estruturas de arte e cultura.
4. Acresce a isso facto das decisões dos parcos cêntimos atribuídos à criação artística pela DGArtes, são, por esta, repartidos entre certos beneficiários de lóbis e dispersos irracionalmente por outros candidatos em verbas mesmo ofensivas, através de um muro de protecção através de jurados incompetentes, ignorantes da realidade no terreno, sem vergonha e sem carácter.
5. Esta “orquestra desafinada”, como se tudo não bastasse, é dirigida por um pobre diabo de um secretário de Estado, que nem secretaria de Estado tem, mas um qualquer vão de escada governamental, sem consciência da triste figura que faz: desprezado, ora no mundo intelectual, onde nunca foi reconhecido, ora no próprio governo que integra como um subalterno sem voz.
6. Perante este estado de degradação moral, artística e cívica em matéria dos interesses públicos de e para a cultura, DOGMA 12 não se sujeita a um escrutínio que não corresponde a nenhuma estratégia de desenvolvimento cultural, mas tão só a um programa ideológico, objectivamente não muito diverso do de Goebbels: a cultura é tratada a tiro e revólver, de facto.
7. DOGMA 12 recusa-se – nas suas circunstâncias especficas, sem que tripudie os que entendem prosseguir outras vias, até para a sobrevivência de projectos com anos e anos de provas dadas – a sequer participar num acto, artisticamente fraudulento, civicamente indiferente e eticamente deplorável.
8. DOGMA 12 participa, pelo seu trabalho e enquanto criador e produtor de objectos artísticos, na luta geral com todos os que, nas mais diversas frentes e diversas correntes de opinião, desejam que tal governo seja substituído por um governo efectivamente português e para os portugueses, de um Portugal soberano, livre e patriótico.
9. Ou seja, concluindo para que não restem equívocos sobre a matéria: DOGMA 12 não engrossa o coro dos que se dizem contra o apoio do Estado à cultura, tal como com os que igualmente o entendem na destruição de outros serviços públicos como a saúde, a educação, a assistência social e protecção ao emprego, a justiça e acesso a ela, a ciência e a independência nacional económica, política e cultural.
10. Por isso, alterado o quadro de caos político e social, para outro de normalidade de funcionamento das instituições e de respeito pela Constituição, DOGMA 12 não só se candidatará aos financiamentos, como julga, que mesmo sem eles, já ter dado e ir dar mais provas do merecimento e razão de os ter e para os ter. 










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