DOGMA 12 EVOCA JOAQUIM BENITE
A morte de Joaquim Benite deixa-no a saudade e a dor, naturalmente. Mas, mais do que isso, deixa-nos uma obra e um exemplo que perdurará mais fortemente na memória.
Para lá do inovador que, ainda em 1969, haveria de contribuir decisivamente para uma nova forma de fazer e pensar o Teatro em Portugal, Joaquim Benite foi "apenas" o pai de um dos melhores e mais prestigiados Festivais de Teatro em todo o Mundo, o grande lutador por, impulsionador para e mentor do Teatro Azul, em Almada, onde fixou a Companhia que dirigia.
Esta, para lá de todos os sucessos artísticos, contribuiu, pela mão de Joaquim Benite, para criar um novo público para o Teatro. Pioneiro na necessidade de organizar públicos para promover a sua captação, fixação e formação, a sua "razão", por vezes inicialmente incompreendida, está hoje à vista nos resultados obtidos.
A sua temperança, a sua capacidade de trabalho e a de de dinamização dos que com ele colaboraram, espalhando frutos de Norte a Sul, aliadas a uma inteligência e cultura de altíssimo grau, fazem de Joaquim Benite uma permanência no Teatro em Portugal, que fica muito para lá do espaço entre o seu nascimento e a sua morte.
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